Pedofilia | Christian Dunker

Vestígio e tradução na experiência adotiva

Os testemunhos de adultos adotados sobre a busca de informações de seu passado são frequentes em outros países. O que eles significam e por que se apresentam usualmente revestidos de uma dimensão vital, descrevendo a urgência da procura de um tempo do qual, por vezes, não há mais do que raras reminiscências? Parte-se do livro de Christina Rickardsson relacionando-o às narrativas de Kiko Goifman e Sophie Brédier a fim de se realizar a investigação. Analisa-se a denominada ‘busca das origens’, com base em bibliografia das ciências humanas e sociais. Evidencia-se a possibilidade de reconfiguração do parentesco propiciado pela adoção, destacando-se os processos de identificação e o papel da memória, a relação entre família natural e substituta. Os testemunhos descrevem experiências de tradução na qual vestígios mostram-se impossíveis de serem assimilados à família adotiva, expressando a divisão subjetiva do adotado e exigindo dele a reinvenção de si. Referências: http://bit.ly/2mzOJYN 

Arquivo disponível aqui.

As verdades do ‘detector de mentiras’

O que a busca desenfreada pela verdade revela de nós mesmos?

Leonarde Keeler realizou o primeiro teste de detecção de mentiras em um tribunal em 1935. Os polígrafos ainda são usados ​​hoje em uma variedade de lugares, mas nunca houve comprovação de que realmente funcionassem. No caso de 1935, escreve Brandy Zadrozny, para The Daily Beast, a leitura da máquina foi considerada evidência admissível no tribunal e tanto o promotor como a defesa concordaram em utilizá-la. “Keeler foi avaliado em suas declarações”, ela escreve. “Eu não gostaria de condenar um homem apenas com base nos registros”, disse ele ao juiz. Mas fora do tribunal, Keeler estava radiante quando o júri voltou com um veredicto de culpa. “Isso significa que as descobertas do detector de mentiras são aceitáveis ​​no tribunal como testemunho de impressões digitais”, disse ele à imprensa. Mas mesmo assim, ela escreve, em um caso anterior a Suprema Corte havia decidido que o detector de mentiras, que não tinha aprovação da comunidade científica, não era capaz de fornecer provas admissíveis. Em quase todas as ocasiões, o polígrafo foi proibido nos tribunais federais e estaduais. Mas, em outras partes do sistema legal, eles ainda o usam — principalmente, ao que parece, para intimidar.

Aqui está o que um detector de mentiras faz, nas palavras da Associação Americana de Psicologia: “A chamada ‘detecção de mentiras’ envolve inferir a fraude com base na análise de respostas fisiológicas a uma série de questões estruturadas, mas não padronizadas”. Todos sabemos o que faz um detector de mentiras: a máquina fornece leituras de polígrafo das respostas físicas de uma pessoa às perguntas que são feitas. Geralmente, mede a frequência cardíaca / pressão arterial, respiração e condutividade da pele, escreve a APA. O inquiridor — na ficção, geralmente um policial — dirige à pessoa avaliada — na ficção, geralmente um suspeito — uma série de perguntas, começando com as mais simples, projetadas para estabelecer uma linha de base de quais leituras são “normais” para a pessoa na cadeira. “Qual o seu nome”, é comum. Na vida real, a APA escreve: o método de questionamento mais comum usa perguntas amplamente baseadas em “temas que são semelhantes aos que estão sendo investigados, mas relacionados ao passado do sujeito”. Um exemplo: “Você já traiu alguém que confiou em você?” Os dois maiores problemas, escreve a APA, são estes: não há como saber se os sintomas da “excitação corporal” (como um pulso elevado) que a máquina mede são causados ​​por mentiras e não há como saber se os resultados de alguém são afetados pelo fato de que eles acreditam no polígrafo. Se esta segunda visão estiver correta “o detector de mentiras pode ser melhor chamado de detector de medo”. Claro, “a busca de vencer a mentira é tão antiga quanto a humanidade”, escreve Drake Bennett para a Bloomberg Businessweek. Bennett continua: “Na Idade do Bronze da China e da Índia, os suspeitos tiveram que mastigar arroz não cozido e cuspi-lo para revelar se suas bocas estavam secas. A Europa medieval experimentou fogo ou água. Nos anos 50 e 60, a CIA experimentou o LSD como um soro de verdade. Depois, há tortura, formalizada na Grécia antiga como um método para compelir honestidade e a reformulação dessa prática para o século 21 como “interrogatório aprimorado”.

O polígrafo, escreve Bennett, é “o dispositivo de detecção de mentiras mais confiável de hoje”. Embora sua evidência não possa ser usada em um tribunal, ele ajuda a determinar como aqueles em cargos de confiança — a CIA, o FBI, os departamentos de polícia — são contratados. “Os detetives usam isso como uma ferramenta de investigação, os oficiais de inteligência usam isso para avaliar a credibilidade das fontes, e os exames são normalmente necessários como condição de liberdade condicional e liberdade condicional para os agressores sexuais”, ele escreve. “O que distingue uma cultura é a forma como ela lida com o engano”, escreve o historiador Ken Alder em ‘Detectores de mentira: A história de uma obsessão americana’: “o tipo de mentiras que denuncia, o tipo de instituições criadas para expô-las”. Os EUA, ele escreve, são o único país que produziu o teste de polígrafo. Sabemos que os detetores de mentira são mentirosos. Mas ainda os utilizamos. O que isso diz sobre nós?

Iniciativas de memória e conflito armado: o enlace entre política e produção de subjetividade

4 perguntas para Sandra Arenas Grisales

Sandra Arenas Grisales é Mestre em Ciências Políticas, Doutora em Memória Social (UniRio) e Professora da Universidade de Antioquia, Colômbia.

Em 2014 a professora Sandra Arenas Grisales defendeu sua tese de Doutorado, “Os vaga-lumes da memória: altares espontâneos e narrativas de luto em Medellín — Colômbia”, que, em resumo, teve por objetivo:

“Analisar as ações e as práticas culturais pelas quais os sujeitos reconstroem suas memórias em contextos de violência. Queríamos identificar os usos políticos da memória, como resistência política nos espaços do dia-a-dia, do íntimo, familiar ou comunitário. Optamos pelas micro-histórias para compreender o sentido político do retorno ao cotidiano após enfrentar situações de violência. Apresentamos quatro experiências de criação de altares espontâneos na cidade de Medellín, na Colômbia. Os altares espontâneos são rituais de luto no espaço público, criados como resposta diante de mortes consideradas injustas”.

[Continua aqui]

Publicado originalmente em Cartas do Litoral

Leia também:

Vestígio e tradução na experiência adotiva


Comunicação realizada no VII Congresso Nacional de Psicanálise, Direito e Literatura (2018)

Os testemunhos de adultos adotados sobre a busca de informações de seu passado são frequentes em outros países. O que eles significam e por que se apresentam usualmente revestidos de uma dimensão vital, descrevendo a urgência da procura de um tempo do qual, por vezes, não há mais do que raras reminiscências? Parte-se do livro de Christina Rickardsson relacionando-o às narrativas de Kiko Goifman e Sophie Brédier a fim de se realizar a investigação. Analisa-se a denominada “busca das origens”, com base em bibliografia das ciências humanas e sociais. Evidencia-se a possibilidade de reconfiguração do parentesco propiciado pela adoção, destacando-se os processos de identificação e o papel da memória, a relação entre família natural e substituta. Os testemunhos descrevem experiências de tradução na qual vestígios mostram-se impossíveis de serem assimilados à família adotiva, expressando a divisão subjetiva do adotado e exigindo dele a reinvenção de si.


Este ano, na feira do livro de Bogotá, uma autora chamou a atenção: Carolina Skyldberg [1]. Ela mostrou à Colômbia, em seu livro, a jornada de adotada quando criança por casal sueco até adulta que buscava por sua mãe biológica: Adoção, deixar curar a alma [Adopción, dejar sanar el alma].

Colômbia e Suécia não são países quaisquer no universo da adoção. O primeiro tem uma alta taxa de envio de crianças para o exterior (Instituto Colombiano de Bienestar Familiar, 2017); o segundo, em termos relativos, é o país que mais as recepciona (Yngvesson, 2010). Ao se olhar para a Europa e para os EUA, são incontáveis as narrativas produzidas por adultos que foram adotados quando crianças, oriundos de países que não aqueles em que acabaram por crescer. Existe, de fato, uma verdadeira economia transnacional, definindo países como emissores ou doadores de crianças e outros como receptores delas. Isso acaba por desenhar no globo uma rede de fluxos de origem e destino relativos à adoção.

Em maio deste ano, no Consulado Geral do Brasil, em Paris, ocorreu a Jurnée des adoptés du Brésil (Jornada dos adotados do Brasil), na qual os temas da busca das origens e do testemunho sobre a adoção tiveram destaque. Diversos testemunhos de adultos adotados encontram expressão na literatura e em produtos audiovisuais. Dentre essas narrativas, aquelas que descrevem uma busca das origens, um retorno ao país natal, a necessidade imperiosa de encontrar alguém ou algo do passado, muitas vezes um tempo quase desconhecido, são bastante frequentes. Carolina Skyldberg e Christina Rickardsson, a última tendo ocupado lugar de destaque no VII Congresso Nacional de Psicanálise, Direito e Literatura, compartilham experiência comum: a busca das origens e o mesmo país de destino.

O que Christina diz em seu livro? Ela fala de si, de dois países, de como se divide entre Christina de Norrland e Christiana do Brasil, apontando haver duas pessoas nela. Christina fala também de justiça e injustiça social ou mesmo de legalidade e ilegalidade do processo judicial relativo à sua adoção (Rickardsson, 2017, p. 126). O que se transmite no testemunho de Christina? Tanto no testemunho de Christina como nos demais de mesmo gênero, são recorrentes os comentários sobre certo mal-estar, sobre uma instabilidade vital, pesadelos, desconforto que deixa marca na vida e na memória, a despeito do amor e da inserção na família e na comunidade adotiva. Ou, ao menos, a expressão de curiosidade sobre o que se passou, sobre o por que da adoção. Acerca disso, é interessante notar que Patrick, irmão de Christina, teria tido curiosidade sobre o passado dele, mas não se lançou à aventura de investigá-lo; Christina nega a curiosidade, mas fala sobre a “coragem de retornar ao Brasil para procurar pela […] mãe biológica e para encontrar alegria na vida” (Rickardsson, 2017, p. 98).

Seguir em frente ou se deter talvez não seja mera questão de escolha ou curiosidade nesses casos. A esse respeito, aliás, a tradução do livro de Christina utilizada em outras edições é Nunca deixe de caminhar. Estariam os dramáticos relatos sobre a busca das origens determinados por certa “biologização” da vida social e mesmo pelo enquadramento legal que separa estritamente família natural e adotiva? (Fonseca, 2010; 2015). Ou esses testemunhos apontariam para outros sentidos?

O objetivo aqui é o de analisar o significado da busca das origens, tendo por ponto de partida o testemunho de Christina Rickardsson em seu livro Nunca deixe de acreditar. A narrativa propiciada por ela será relacionada a outras duas: a de Kiko Goifman, em seu filme 33, e a de Sophie Brédier, que tem uma trilogia de documentários na qual trata de sua experiência adotiva. Em um desses filmes, ela mostra seu retorno à Coreia do Sul (Brédier & Aziza, 2000). Nesses testemunhos observa-se que a prática adotiva envolve a experiência de se traduzir segundo novas coordenadas, inventando-se, mas, ao mesmo tempo, esse processo não é realizado sem a existência de vestígios, restos que compõem a subjetividade do adotado.

A adoção reconfigura o espaço do parentesco, complica a ideia de identidade nacional, fabrica uma nova genealogia, deixando notar sua dimensão idiomática, da qual retira sua plasticidade e força, tal como entendido por Yngvesson (2007): a língua criando, simultaneamente, formas de pertencimento e resistência [continua].

1. Cf. Colombiana adoptada por suecos convirtió su historia en una exitosa novela.

Publicado originalmente em Cartas do Litoral.

almasculina 12. Zé Miguel Wisnik

The Implicated Subject

Divórcio. Ricardo Lísias

O livro parte de um acontecimento conhecido e de âmbito privado (a separação de Ricardo Lísias após ter tomado conhecimento do diário feito por sua então esposa, no qual ela fazia apontamentos depreciativos sobre ele e sobre o casamento de ambos) para exercitar a passagem entre o universo ficcional e aquele que seria o da realidade. Em entrevista à Folha de S. PauloLísias respondeu: “Meu livro tem um ponto de partida pessoal e traumático e a partir dele criei um texto de ficção. A literatura não reproduz a realidade, mas sim cria outra”.

No limite esmaecido entre realidade e ficção, personagens remetem a sujeitos que se encontram, de algum modo, fora do âmbito do livro. Todavia, à parte a premissa inicial, não temos nunca como saber se algo do que é narrado estaria além ou aquém do exercício literário. Isto é, só as personagens e suas narrativas nos restam.

É nesse movimento que a literatura é apresentada como o meio pelo qual o protagonista consegue se recompor e fazer da experiência de separação não apenas um (re)começo, que se traduz na própria confecção do livro, mas também na positivação do distanciamento com aqueles que fazem da palavra meio para construir realidade: jornalistas e políticos. A experiência literária é ímpar nesse sentido.

Que a narrativa a todo instante destaque a dimensão física da (re)construção de si (a pele, a corrida) nada mais é do que o acento que aponta para a primazia da palavra na invenção em curso. É a palavra que nos faz saber da aventura do protagonista, tanto quanto desenha para ele próprio o eu em que habita.


LÍSIAS, Ricardo. Divórcio. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. 153 p.

Publicado originalmente em Cartas do Litoral

O clamor de antígona: parentesco entre a vida e a morte. Fragmento

Qual é a voz contemporânea que adentra a linguagem da lei para interromper seu funcionamento unívoco? Observe que, na situação de famílias cuja estrutura é mista, uma criança diz ‘mãe’ e pode esperar que mais de um indivíduo responda ao chamado. Ou, no caso da adoção, uma criança pode dizer ‘pai’ referindo-se tanto ao fantasma ausente que nunca conheceu quanto àquele que assume tal lugar na memória viva. [97]

Butler, J. (2014). O clamor de antígona: parentesco entre a vida e a morte. Florianópolis: Editora da UFSC.

ADOÇÃO: MEMÓRIA E IDENTIDADE NA BUSCA DAS ORIGENS

A busca das origens, o que significa, como ocorre e é transmitida, é analisada no artigo com base em pesquisa qualitativa que se valeu de levantamento bibliográfico e documental. Esse levantamento teve por foco aspectos da adoção nacional e da internacional, legislações e filmes que retratam a procura de informações sobre o passado pré-adotivo, alguns dos quais realizados por aqueles que foram adotados. Referências oriundas do campo das humanidades são mobilizadas para analisar a relação entre identidade, adoção e busca das origens.

Leia parte do artigo aqui.

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