Narrativas sobre a busca das Origens. PUC-Rio, Curso de Extensão. Novas Datas


Informações: https://bit.ly/3KZyvCu

Jovem reencontra pais biológicos após enviar carta da Suíça para juiz no sertão de PE. Fantástico, 2019

Celine foi até a cidade de Paudalho, no interior de Pernambuco, em busca de uma resposta e encontrou muito mais. O Fantástico conta essa história.

Vestígio e tradução na experiência adotiva

Narrativas sobre a busca das origens: adoção, filiação, parentesco CCE/PUC-Rio

O curso explora o tema das origens e os significados e as questões associadas a ele. Apresenta-se sua expressão na adoção e no estabelecimento dos vínculos de filiação, em particular pela via de métodos artificiais de fertilização. Os dois eixos do curso têm por ponto comum a ideia de artificialidade, colocando em perspectiva concepções naturalistas da parentalidade. É nessa via que se instauram possibilidades de interrogação acerca do que seja origem, sua demanda, e como isso repercutiria na constituição do sujeito e das famílias: a origem está relacionada com o biológico? Ou com o sentido de que algo teria sido perdido? Buscar rastros do passado é tentar reescrever a biografia em diálogo com uma vida que poderia ter sido? Ou uma experiência diferente? O que é origem no contexto da adoção e das famílias? Trata-se de origem ou origens? Em que medida adoção internacional e adoção nacional estão relacionadas? O curso se pauta em três limiares: institucional, teórico e exemplos, que se apoiam em fragmentos de casos da experiência profissional dos professores ou sedimentados em produções testemunhais. Essas produções são de cunho autobiográfico e se atualizam na literatura e no cinema, por exemplo.  As aulas se dividem em dois módulos relacionados, mas independentes entre si.

Informações: CCE/PUC-Rio

Adoção Aberta no Brasil. IBDCRIA-ABMP.Unisal

“Adoção aberta (ou com contato) e o direito de crianças e adolescentes a conhecer suas origens: perspectivas jurídicas, sócio-históricas e existenciais”

5 maio, 9h

12 fev. 2021

Parto anônimo e busca das origens

O ressurgimento da roda dos expostos

Adoção e busca das origens

'Nunca deixe de acreditar'

Naomi Kawase

Busca das origens

Roda dos expostos

La búsqueda - Radio Ambulante

VII Congresso Nacional de Psicanálise, Direito e Literatura: as múltiplas faces da adoção – Anais (2018)

As leitoras e os leitores têm agora acesso virtual e permanente aos Anais do VII Congresso Nacional de Psicanálise, Direito e Literatura (CONPDL). O evento ocorreu no auditório do CAD II, na Universidade Federal de Minas Gerais, nos dias 19, 20 e 21 de setembro de 2018. O VII CONPDL teve como tema “As múltiplas faces da adoção: leituras a partir de “Nunca deixe de acreditar”, um relato autobiográfico de uma adoção tardia internacional”. Como nas versões anteriores, o VII CONPDL contou com a presença de pesquisadoras(es) das três áreas que sustentam este projeto: a Psicanálise, o Direito e a Literatura. Os textos aqui reunidos apresentam esta perspectiva interdisciplinar e possibilitam uma leitura plural sobre um tema urgente em nosso país. Os vídeos com a apresentação de alguns destes textos estão também de forma permanente, pública e gratuita no canal do CONPDL no YouTube.

Professor Fábio Belo

VII Congresso Nacional de Psicanálise, Direito e Literatura: as múltiplas faces da adoção - Anais (2018)

Adoção: memória e identidade na busca das origens

Carsten (2007) […] afirma que a busca pelo passado é uma das formas pelas quais os adultos adotados “construiriam uma continuidade narrativa que teria por alvo estabilizar o senso de si” (p. 110). E continua: buscar um parente “é uma das formas de remendar a ausência de memória” (p. 113).

O testemunho sobre a busca das origens e os vestígios da memória na experiência adotiva

Citações e referências utilizadas na comunicação realizada no IV Adoção em Pauta, na mesa ‘A memória para além do processo’, em maio/2019:

O testemunho sobre a busca das origens e os vestígios da memória na experiência adotiva

Le Mouvement Retrouvailles – Garantia de direitos de pessoas adotadas, não adotadas, pais biológicos e adotivos.

Le Mouvement Retrouvailles, organisme sans but lucratif, existe depuis 1983. Il compte plus de 14 000 membres et couvre l’ensemble du territoire québécois. Il vise à faire respecter les droits des personnes adoptées, non adoptées, des parents biologiques et adoptifs. 

Adoção: memória e identidade na busca das origens

O que o passado significa para o adotado?

A busca das origens, o que significa, como ocorre e é transmitida, é analisada aqui com base em pesquisa qualitativa que se valeu de levantamento bibliográfico e documental. Esse levantamento teve por foco aspectos da adoção nacional e da internacional, legislações e filmes que retratam a procura de informações sobre o passado pré-adotivo, alguns dos quais realizados por aqueles que foram adotados. Referências oriundas do campo das humanidades são mobilizadas para analisar a relação entre identidade, adoção e busca das origens. O que segue é a parte inicial do texto ‘Adoção: memória e identidade na busca das origens’, publicado no livro Adoção, família e institucionalização: interfaces psicossociais e jurídicas.


O que se entende por adoção de crianças e adolescentes? Trata-se do estabelecimento de vínculos de filiação entre uma família e aquele/a nascido/a em outra família, dita natural ou de origem. Esses vínculos recobrem-se de uma veste legal e definitiva que redesenha toda a relação genealógica do adotado. Essa nova configuração alcança não apenas o núcleo familiar adotivo, mas também sua relação com a família extensa e com a família de origem, desligando-o de qualquer vínculo com a última, salvo quanto aos impedimentos matrimoniais, que permanecem. Uma vez tendo sido seguidas as exigências legais e havido a publicação da sentença judicial, a adoção é irrevogável, culminando na expedição de nova certidão de nascimento, sem menção à anterior, refletindo a nova teia familiar criada: pais e avós passam a ser, desde sempre, os que no documento aparecem como tais.

A descrição acima sugere como, em geral, a adoção está calcada em um sistema de pertencimento exclusivo: tendo havido esse tipo de colocação em família substituta, corta-se, formalmente, quase que todos os vínculos com a família de origem. Todavia, quanto a isso, Yngvesson (2010) aponta um horizonte importante no qual se revela uma aporia. Na mesma medida em que as legislações relativas à adoção calcam-se, via de regra, em um sistema de pertencimentos exclusivos, o discurso de adotados revela experiências de não pertencimento que moldariam suas vidas (Yngvesson, 2010). Esse tipo de experiência que variaria enormemente em grau ou intensidade assumiria por vezes a expressão de uma busca das origens, empreendida, ou desejada, por aqueles que foram adotados. A exigência de pertencimento exclusivo tem como resposta a impossibilidade de sua realização.

Na mesma medida em que as legislações relativas à adoção calcam-se, via de regra, em um sistema de pertencimentos exclusivos, o discurso de adotados revela experiências de não pertencimento que moldariam suas vidas (Yngvesson, 2010)

Curiosamente essa busca não alcança muitas vezes os canais formais. Seja devido à ilegalidade da adoção consumada, seja devido à falta de informação dessa possibilidade ou sobre a família de origem, seja ainda por conta de eventual falta de protocolo nas instituições envolvidas a fim de que essa demanda seja recebida com facilidade. Assim, a busca das origens, o que significaria, como ocorre e é transmitida, é analisada aqui com base em pesquisa qualitativa que se valeu de levantamento bibliográfico e documental. Esse levantamento teve por foco aspectos da adoção nacional e da internacional, legislações e filmes que retratam a procura de informações sobre o passado pré-adotivo, alguns dos quais realizados por aqueles que foram adotados. Referências oriundas do campo das humanidades são mobilizadas para analisar a relação entre identidade, adoção e busca das origens.

Origem e pertencimento

No rastro de Yngvesson (2010), pode-se então estar advertido de que na adoção exigências normativas denotariam a necessária exclusividade de pertencimento a uma única família, com o rompimento legal dos vínculos com a família de origem. Contudo, a resposta de alguns adotados a essa exigência revelaria a impossibilidade de cumprimento dessa norma. Essa exclusividade de pertencimento traduz-se no Brasil nas linhas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), legislação brasileira que regula a adoção de crianças e adolescentes. Isso pode ser notado, como apontado acima, na determinação de que uma vez o processo de adoção tenha sido concluído, e a respectiva sentença judicial exarada, todos os vínculos com a família natural encontrem-se rompidos, salvo para os impedimentos matrimoniais (Fonseca, 2006).

a resposta de alguns adotados a essa exigência revelaria a impossibilidade de cumprimento dessa norma. Essa exclusividade de pertencimento traduz-se no Brasil nas linhas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), legislação brasileira que regula a adoção de crianças e adolescentes.

Em que pese, no Brasil, a falta de visibilidade para a demanda de adotados sobre a busca de informações relativas a seu passado, ou mesmo sobre a experiência adotiva, esse quadro não é o mesmo encontrado em outros países. Raros trabalhos aqui têm por foco esse campo, como o de Camargo (2012), que realiza a apresentação da experiência de parentalidade de adultos adotados, construída com base em entrevistas. No exterior, o Child Welfare Information Gateway (2013) deteve-se em comentários sobre a importância desse tipo de iniciativa. Da mesma forma, Brodzinsky, Scheter e Henig (1993) realizaram um já clássico estudo com base em testemunhos de adotados e de pais adotivos, construindo, com as palavras dessas personagens um panorama sobre os efeitos da adoção na vida dos envolvidos nela. Esse estudo possui um título sugestivo: Being Adopted — The Lifelong Search for Self.


Carsten (2007) igualmente afirma que a busca pelo passado é uma das formas pelas quais os adultos adotados “construiriam uma continuidade narrativa que teria por alvo estabilizar o senso de si” (p. 110). E continua: buscar um parente “é uma das formas de remendar a ausência de memória” (p. 113)[…]

[Continua]


COIMBRA, José César. Adoção: memória e identidade na busca das origens. In: DIAS, Cristina Maria de Souza Brito; MOREIRA, Lúcia Vaz de Campos. Adoção, família e institucionalização: interfaces psicossociais e jurídicas. Curitiba: CRV, 2018. Cap. 4. p. 81–96. Disponível em: http://bit.ly/2KlDxxw. Acesso em: 01 jul. 2018. https://doi.org/10.5281/zenodo.1302772

ISBN 978–854442494–0


*Publicado originalmente em Cartas do Litoral.
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