Disputa judicial por animais domésticos

Entre o conflito e o litígio, o que resta?

Sabe-se que a máquina judicial tem sido buscada para o tratamento de diferentes demandas relativas à garantia de direitos e responsabilização. Por vezes, ela aparece supostamente como única alternativa e isso não é sem consequências: o andamento processual usualmente acentua antagonismos e os conflitos não encontram outra forma de expressão que não seja perpetuarem-se em litígio.

Nesse cenário, o divórcio, ou seu equivalente, revela-se momento em que o passado revisitado pelo casal mostra dimensões de memória distintas: as experiências conjugais são ressignificadas e as decisões sobre o futuro, no que abarcam guarda/visita de filhos, divisão de patrimônio, pensão alimentícia podem revelar-se de difícil equacionamento.

O quadro acima passou a ter como exemplo também as disputas em torno de animais de estimação.

Um apanhado de conteúdos disponíveis na Web mostra que o tema é tratado tanto no âmbito da imprensa como no de especialistas, particularmente aqueles da esfera do direito. Observa-se, como primeira abordagem, que o ponto de partida é o conflito e o litígio, seguido do estatuto do animal: simples bem ou ser senciente? A tensão entre esses eixos, que não se resolve por completo mesmo no âmbito legislativo, oferece o tom a ser enfrentado na abordagem da demanda que chega ao judiciário em busca de solução.

Publicado originalmente em Cartas do Litoral

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España: Expertas en derechos humanos denuncian una decisión sobre custodia infantil que ignora pruebas de abusos sexuales. ONU

news.un.org/es/story/2022/02/1504712

A brief history of divorce. TedEd

História de um casamento

Marriage Story review – everything you always wanted to know about divorce

What’s Missing from the Brilliant “Marriage Story”

Divórcio. Ricardo Lísias

O livro parte de um acontecimento conhecido e de âmbito privado (a separação de Ricardo Lísias após ter tomado conhecimento do diário feito por sua então esposa, no qual ela fazia apontamentos depreciativos sobre ele e sobre o casamento de ambos) para exercitar a passagem entre o universo ficcional e aquele que seria o da realidade. Em entrevista à Folha de S. PauloLísias respondeu: “Meu livro tem um ponto de partida pessoal e traumático e a partir dele criei um texto de ficção. A literatura não reproduz a realidade, mas sim cria outra”.

No limite esmaecido entre realidade e ficção, personagens remetem a sujeitos que se encontram, de algum modo, fora do âmbito do livro. Todavia, à parte a premissa inicial, não temos nunca como saber se algo do que é narrado estaria além ou aquém do exercício literário. Isto é, só as personagens e suas narrativas nos restam.

É nesse movimento que a literatura é apresentada como o meio pelo qual o protagonista consegue se recompor e fazer da experiência de separação não apenas um (re)começo, que se traduz na própria confecção do livro, mas também na positivação do distanciamento com aqueles que fazem da palavra meio para construir realidade: jornalistas e políticos. A experiência literária é ímpar nesse sentido.

Que a narrativa a todo instante destaque a dimensão física da (re)construção de si (a pele, a corrida) nada mais é do que o acento que aponta para a primazia da palavra na invenção em curso. É a palavra que nos faz saber da aventura do protagonista, tanto quanto desenha para ele próprio o eu em que habita.


LÍSIAS, Ricardo. Divórcio. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. 153 p.

Publicado originalmente em Cartas do Litoral

O Sofrimento da Criança na Vivência da Disputa de Guarda no Contexto da Justiça. Revista Portuguesa de Pedagogia

[…], a Justiça movida pela busca em ativar as medidas que lhe são pertinentes, no que diz respeito ao apregoado pela Convenção sobre os Direitos da Criança, reconhece necessitar do auxílio de outros saberes. Desse modo, ao repassar o caso para as outras áreas das Ciências Humanas, Sociais e da Saúde, emerge o debate acadêmico em torno da obtenção da informação sobre se a criança está ou não sendo beneficiada, naquele momento, nas mudanças da organização familiar. Esse cuidado refinado no cumprimento da aplicação legal pode dificultar o prognóstico da tomada de decisão, algumas vezes aumentar o conflito parental, bem como intensificar a tática adversarial delongando o processo judicial

Santos, M. (2014). O sofrimento da criança na vivência da disputa de guarda no contexto da justiça. . Revista Portuguesa De Pedagogia48(1), 25–37. doi: 10.14195/1647-8614_48-1_2

SANTOS, Marcia Regina Ribeiro dos. A criança na disputa de guarda em contexto da avaliação psicossocial: a voz, o sofrimento e o enfrentamento. 2015. ix, 228 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015. http://bit.ly/2PekacE 

 

Divórcio. Resenha. Ricardo Lísias.

O livro parte de um acontecimento conhecido e de âmbito privado (a separação de Ricardo Lísias após ter tomado conhecimento do diário feito por sua então esposa, no qual ela fazia apontamentos depreciativos sobre ele e sobre o casamento de ambos) para exercitar a passagem entre o universo ficcional e aquele que seria o da realidade. Em entrevista à Folha de S. Paulo Lísias respondeu: “Meu livro tem um ponto de partida pessoal e traumático e a partir dele criei um texto de ficção. A literatura não reproduz a realidade, mas sim cria outra”.

No limite esmaecido entre realidade e ficção, personagens remetem a sujeitos que se encontram, de algum modo, fora do âmbito do livro. Todavia, à parte a premissa inicial, não temos nunca como saber se algo do que é narrado estaria além ou aquém do exercício literário. Isto é, só as personagens e suas narrativas nos restam.

É nesse movimento que a literatura é apresentada como o meio pelo qual o protagonista consegue se recompor e fazer da experiência de separação não apenas um (re)começo, que se traduz na própria confecção do livro, mas também na positivação do distanciamento com aqueles que fazem da palavra meio para construir realidade: jornalistas e políticos. A experiência literária é ímpar nesse sentido.

Que a narrativa a todo instante destaque a dimensão física da (re)construção de si (a pele, a corrida) nada mais é do que o acento que aponta para a primazia da palavra na invenção em curso. É a palavra que nos faz saber da aventura do protagonista, tanto quanto desenha para ele próprio o eu em que habita.


LÍSIAS, Ricardo. Divórcio. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. 153 p.

Sem amor

Bromance. Porta dos fundos.

A divorcing couple divides their Beanie Baby investment under the supervision of a judge, 1999. History Lovers Club

Paisagens da Crítica

por Júlio Pimentel Pinto

Oficinas de escrita e quadrinhos potenciais

Atividades lúdicas para democratizar a criação

Peregrinacultural's Weblog

Leituras diversas: jornais, livros, pinturas, filmes, imagens.

The Critical Psychotherapy Network

Challenging psychotherapeutic, psychoanalytic and counselling norms in the era of managed care

Altos Sertões

Histórias do alto sertão baiano, por Fernando Vasconcelos

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News and resources on French thinker Michel Foucault (1926-1984)

Claudia Holanda

Música e Criação Sonora

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Marcelo Macaue

E agora, José? pelo fim da violência contra a Mulher

"E agora, José?" integra um coletivo de pessoas que realiza uma série de ações buscando eliminar o machismo e as consequências dessa prática na vida de mulheres e homens. Entre as suas principais ações estão o Programa "E agora, José?", iniciado em 2014, que realiza grupos socioeducativos de responsabilização de homens condenados pela Lei Maria da Penha (11.340/2006) e o Curso preventivo "E agora, José?" sobre Gênero e Masculinidades, com 80 horas, realizado, anualmente, desde 2015, dirigido a homens, funcionários públicos e da sociedade civil.

Samuel Barros

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